Visita Fazenda Capão Alto

AUTORA
Professora Fernanda Roberta Koczyla, 4º ano

Turma de 4º ano da Escola Rural Municipal Santa Cruz, em Carambeí, realizou uma visita na Fazenda Capão Alto, Castro, como forma complementar na abordagem dos conteúdos de escravidão e tropeirismo na região dos campos gerais - Paraná, da disciplina de história e geografia, ministrada pela professora Fernanda.

“Trabalhar a história da nossa região é importante não apenas como conhecimento, mas como pessoas e valores que carregamos em nosso dia a dia” destaca a docente. O conteúdo sobre escravidão e tropeirismo é mais aprofundado no currículo do 4° ano, de acordo com o plano curricular do Paraná, a professora conta que é um tema bastante delicado de se trabalhar com os alunos, mas que não deve ser ensinado de forma leviana. “Quando falamos de escravidão, os alunos não imaginam que isso aconteceu em nossa região, principalmente por ter existido tão perto de nós”.

Como primeiro momento foi abordar o tema em sala de aula, com o uso de textos complementares e o livro didático, desde o surgimento até a luta para a liberdade, com as leis que surgiram até finalizar na Lei Áurea, também foi discutido com a turma quais foram as consequências a esse povo até os dias atuais, como a desigualdade social, racismo e escravidão moderna. Continuando com as discussões, também nesse período existia um outro segmento, que eram os tropeiros, que faziam longas viagens para o transporte de animais, bem como auxiliaram com o surgimento de cidades na nossa região. Trabalhamos como era a vida desses tropeiros, bem como seus caminhos que ficaram conhecidos como ‘a rota dos tropeiros’ e quais foram as heranças desse tipo de comercio em relação à economia da época”.

Como forma de complementar, a professora explica como escolheu a Fazenda Capão Alto para a realização da visitação com os alunos: “a história dessa fazenda é rica de acontecimentos históricos, iniciando a chegada dos tropeiros, que contribuíram com o nascimento de Castro com a escravidão presente nessas terras e a passagem dos tropeiros na mesma. A fazenda era propriedade dos padres Carmelitas, que tinha o trabalho escravo em suas terras, mas esses escravos viveram de uma forma ‘livre’. Com a venda dessa fazenda, os novos donos queriam leva-los para São Paulo e muitos escravos fugiram, surgindo assim, quilombos na região. Anos depois, a fazenda ganha um novo dono, que continuou com o trabalho escravo e construiu o casarão principal da fazenda, usada nos dias atuais para exposição e visitação” conta Fernanda.

“O passeio teve como propósito de aprender um pouco mais como funcionava a dinâmica da fazenda na época da escravidão, como conhecer a senzala, casa do capataz, o tronco usado como forma de castigo e também o cemitério onde esses escravos foram enterrados. A visita também demonstrou a arquitetura utilizada na época e também a natureza em seu entorno trazendo pelas paisagens e o símbolo do Paraná, a araucária. Esse tipo de atividade, além de distrair, traz muito conhecimento de forma mais dinâmica, pois a partir da apreciação de um local como esse, e possível entender o sentimento das pessoas da época, fazendo que os alunos tenham uma aprendizagem e lembrança por toda sua vida”, finaliza a professora.

Além do trabalho desenvolvido pela professora Fernanda, os alunos do 4º ano finalizaram essa temática com a professora de turma deles, professora Gislaine Duarte com a produção de texto em forma de diário sobre o passeio realizado na Fazenda Capão Alto. Esses textos seguem abaixo digitados e em anexo as fotos da produção deles.

Aluno responsável pela foto das professoras no tronco da árvore é : Kaio Roberto Dias.


























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